por Katia Thomaz
Os avanços da ciência têm sido responsáveis por várias tecnologias que alteraram os rumos da história. Parte delas para o bem, como as vacinas, os jatos, os computadores, mas há também as bombas e toda a tecnologia de guerra. Uma das descobertas que talvez tenha sido a principal responsável pela mudança na vida e no papel social da mulher foi a pílula anticoncepcional, que propiciou uma maior inserção da mulher no mercado de trabalho e também uma liberdade sexual que ela ainda não conhecia.
O registro mais antigo de um tipo de prevenção feminina contra a gravidez é de 1850 aC: uma receita num papiro recomendava aplicar na vagina uma mistura de mel e carbonato de sódio. No Egito, Cleópatra, que governou entre 51 e 30 aC, usava esponjas marinhas embebidas em vinagre. Nenhum de tais métodos, contudo, tem validade científica. Só a partir do século XIX aumentou a pesquisa por um meio mais eficiente. A tabelinha surgiu em 1920 e o DIU em 1928. Finalmente, em 1954 surgiu a pílula anticoncepcional que começou a ser comercializada nos EUA a partir de maio de 1960.
Apesar de já existirem outros contraceptivos que permitiam que as decisões sobre a maternidade estivessem sob o controle da mulher, foi a pílula que carregou consigo o emblema de "libertadora". Se antes as decisões contraceptivas - com exceção do aborto - estavam sob o controle dos homens, os novos métodos mudaram as relações de gênero e o prazer sexual passou a ser também uma possibilidade das mulheres.
O que você tem a dizer sobre o que foi, o que é e o que será a vida da mulher pós-pílula? Criar novos posicionamentos, rever atuais, abandonar antigos? A idéia inicial é reunir um grupo de 50 mulheres (de todas as cores, idades, regiões e profissões) para compartilhar informações, relatos, entrevistas, opiniões etc. que ajudem a manter a discussão sobre a vida e o papel social da mulher e fazer de 2010 um ano de grandes comemorações de uma de nossas maiores conquistas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário