terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Por que discutimos o direito ao aborto e não discutimos o planejamento familiar?

por Katia Thomaz

Passados 50 anos desde o início da comercialização da pílula, as opções em termos de contracepção são múltiplas desde os chamados métodos de barreira, como o espermicida e a camisinha, até a esterilização. Sem contar a chamada "pílula do dia seguinte" que previne a gravidez por um período de 72 horas.

Como é que se explica, portanto, que a quantidade de crianças com fome não pára de crescer? Dados divulgados pelas Nações Unidas dão conta que
o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,00 por dia duplicou nos países menos desenvolvidos e, o que é ainda mais alarmante, que a tendência é de crescimento.

Isso considerando apenas o problema da fome, sem contar outros males "menores" como o abandono e os maus tratos físicos e psicológicos provenientes de pais mal-intencionados ou despreparados.

Afinal, a ciência não viria em socorro do homem para tirá-lo da ignorância e da escuridão? Há ignorância maior do que impingir sofrimento extremo a milhões de crianças no mundo? Segundo a mesma fonte citada,
todos os anos, dezenas de milhões de mães gravemente subnutridas dão à luz dezenas de milhões de bebês igualmente ameaçados!

As campanhas a favor do aborto andam "de vento em popa", pelo menos no mundo ocidental, e parece que, mais dia, menos dia, sairão todas vitoriosas. Em contrapartida, pouco (ou nada) se fala sobre o necessário planejamento familiar.

A razão não determina que se devem atacar as causas antes das consequências? O pior é que alguns ainda me dizem: "Ah! Impossível investir no planejamento familiar. A Igreja Católica não permitiria..." E, por acaso, permitiria o aborto?


O aborto seria economicamente mais vantajoso do que o planejamento familiar? Vantajoso para quem? Quem teria esse "direito ao aborto"? O miserável? Será que é tão difícil fazer essa conta?

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