quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A tal da pílula

por Laura Serra


Bom, vamos à motivação principal deste blog, a pílula, não é mesmo?


Aos quinze anos também fui diagnosticada com ovários policísticos. Aliás, ginecologistas de plantão, vi em vários depoimentos aqui do blog, mulheres relatando a mesma coisa. Daí pergunto: será que tínhamos todas ovários policísticos mesmo ou isso é só um artifício que vocês usam com adolescentes para servir de método contraceptivo de uma vez, rsrsrs? O fato é que também não tive que passar pelo constrangimento de ter que abrir o jogo para meus pais, dizendo que precisaria começar a tomar pílula quando iniciei minha vida sexual. Se bem que eles sempre confiaram em mim e nunca vieram falar sobre isso comigo antes que me sentisse preparada para responder.


Na verdade respeitei meu tempo mesmo e minha primeira vez foi aos 19 anos, com meu segundo namorado. Sério. Foi maravilhoso! Eu estava completamente apaixonada por ele e ele por mim. E, hoje, posso dizer que tive sorte, pois, realmente, foi tudo muuuuuito bom! Apesar de ele ter um gênio difícil, de personalidade forte, como dizia um primo meu. Lembro-me de que ele ficou triste por ter sido o primeiro. Sério mesmo, rsrsrs. Ele adotava certa teoria que pregava que uma mulher deve experimentar vários “chapéus” antes de resolver com qual ficar para escolher aquele que lhe serve melhor. “Muderninho”, né? E… digamos que ele tinha razão…


Depois dele tive alguns rolos, mas um tempo depois engatei um namoro sério que durou cinco anos e meio e no qual vivemos na plenitude de um amor perfeito até que…. Bem, já não sabia mais se realmente queria ficar com ele para o resto da minha vida e achava que eu e ele precisávamos viver outras coisas… É claro que a distância imposta pelos projetos do meu trabalho e a carga horária que o trabalho dele exigia contribuiu muito para o término do relacionamento. Foi uma decisão consciente, e apesar de ele ter tomado um certo baque no início e de eu também ter me sentido sem chão ao voltar para a minha cidade depois de um ano morando fora, sinto que hoje sabemos que está sendo bom para nós dois. E guardamos com muito carinho uma história linda juntos, sem mágoas ou ressentimentos um do outro. Durante todo esse tempo, a pílula foi minha grande aliada, e continua sendo. Acredito que hoje vivemos num mundo mais livre no qual podemos nos permitir mais experiências e assim tomar decisões de forma mais consciente. Eu continuo acreditando no amor e na família e, tenho certeza de que, se me casar ou for morar com alguém, será para sermos felizes! E que seja, pelo menos, eterno enquanto dure, rsrsrs. Assim sempre foi e sempre será para mim!

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