por Alice Birchal
A inquietação diante do mundo masculinizado, a criatividade e a necessidade de expressão levaram a criadora deste blog a nos incitar a debatermos sobre nosso mundo – o feminino – depois da descoberta da pílula anticoncepcional. Surpreendemo-nos diante do fato: já faz cinqüenta anos!!! Não havíamos nos dado conta disso...
Mais do que discutir se o mundo feminino é melhor ou pior do que o masculino, ou se a pílula foi melhor ou pior para a procriação, a oportunidade do blog é criada para nos manifestarmos sobre a vida feminina cotidiana de quem já vive com as várias possibilidades de contracepção e, diante da sociedade brasileira, o pensamento de 50 mulheres, profissionais das mais variadas áreas, de todas as idades, credos e posturas. Agradeço por ter sido lembrada e poder fazer parte dessas reflexões.
Dito isso, apresento-me: tenho 39 anos, sou advogada especializada em família (não por acaso) há 16 anos, professora universitária, mãe, filha, esposa pela segunda vez, irmã, gestante e também inquieta.
As minhas reflexões partem do ponto de alguém que já conheceu o mundo feminino a partir da liberdade sexual e que almeja que a igualdade entre o homem e a mulher realmente seja isonômica, na sua desigualdade. Não sou feminista, porém acredito que somos – homem e mulher – seres humanos e é isso que nos diferencia. Explico-me melhor: gosto da diferença, mas exijo respeito e igualdade profissional, sobretudo. Esse é o motivo de minha inquietação e da minha participação neste blog.
Engraçado, eu pensei o contrário: pôxa só faz 50 anos e já mudou tanta coisa na vida da mulher!!! E veja que a maioria das jovens mulheres (pelo menos no mundo ocidental) nem se lembra que usufrui de uma liberdade tão recentemente conquistada. É preciso contar e recontar a história destas mulheres (nossas mães e avós) para que as intenções não sejam perdidas e desvalorizadas…
ResponderExcluirMas, conte-nos um pouco mais sobre sua vida pessoal e profissional. Como funciona sua rotina diária? O que você tem que fazer para equilibrar a dupla jornada: família e trabalho (que na verdade considero tripla, pois acrescento também a mulher)?