por Mônica Dias
Anos atrás a maioria das mulheres se casavam por amor ou imposição familiar ou porque não conseguiam absorver a hipótese de não se casarem simplesmente. Nesses casos a mulher era dona de casa, quase não tinha opções para trabalhar, ser ouvida, planejar o número de filhos ou poder simplesmente ter vários relacionamentos, porque isso implicava em ser rotulada como uma mulher sem valor.
O feminismo alterou essa relação da mulher com a sociedade em diversos aspectos. Ela passou a ter direitos legais como o direito de votar e o direito a utilização de contracepção, direito à proteção de seu corpo e moral que se relacionam a violência doméstica, assédio sexual e estupro, dentre outros.
Nas relações mais modernas as mulheres não se casam mais pelos motivos citados, mas por decisão própria e querem participar da sociedade e tomar decisões sobre os vários assuntos do seu lar, participar ativamente do mercado de trabalho, serem valorizadas enquanto mulheres, profissionais e cidadãs. No início isso se tornou um complicador, pois todas as tarefas do lar continuavam sendo de sua única responsabilidade e ainda se sobrecarregava com as demais obrigações que sua maior liberdade acarretou.
Como a sociedade lhe negou por muitos anos direitos fundamentais a sua existência atual, podemos ver que o núcleo familiar vem se alterando a cada ano que passa. Participar do núcleo familiar é se tornar co-responsável tanto pelo sustento como pela educação, saúde, desenvolvimento de valores morais e religiosos da família que tinham como único responsável o homem.
Nessa dinâmica mudança temos o advento e facilidade de se finalizar os casamentos com o divórcio, a violência que chega cada dia mais perto de nossas casas, a visível decadência dos valores morais e religiosos, a desvalorização da família, assim vemos que forçosamente ou não, nos diversos níveis socioeconômicos a mulher se torna o centro do núcleo familiar não só uma parte desse núcleo, fato inimaginável anos atrás.
Essas mudanças são reflexos de hoje podermos escolher parceiros e maridos, a não aceitação de sermos objetos meramente decorativos nos lares, do planejamento familiar, de diálogo entre os parceiros e de sermos parte importante da sociedade.
As famílias têm sofrido mudanças ao longo dos anos mas é inegável que a mulher teve papel fundamental nessas mudanças.
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